Cazuza interpreta de maneira belíssima o samba canção "O mundo é um moinho", composição de grande sucesso do sambista Cartola.
O samba canção "O mundo é um moinho", composição exclusiva de Cartola, foi gravado no seu segundo álbum Cartola II em 1976 pelo selo independente Discos Marcus Pereira.
O LP Cartola II, segundo álbum do músico carioca, foi muito bem recebido pelos críticos musicais da época, e reuniu grandes sucessos e belíssimas composições e interpretações de Cartola... entre estas "As rosas não falam" e "O mundo é um moinho", nas quais, Cartola contou com o acompanhamento ao violão do então, jovem compositor e sambista carioca Guinga. Outras canções de destaque deste disco são "Preciso me encontrar", composição de Candeia, "Peito Vazio", composição de Cartola e Elton Medeiros, e outras duas composições do próprio Cartola, "Sala de recepção" e "Ensaboa", interpretadas no disco com a cantora Creusa, que era sua filha adotiva, de seu primeiro casamento com Dona Deolinda.
A revista Rolling Stone divulgou uma lista em 2007, dos 100 maiores discos da Música Brasileira, na qual esse disco, Cartola II ocupou a 8ª posição do rancking.
Muitos dizem que a canção "O mundo é um moinho" é uma composição
Cartola e dona Zica, sua esposa
Este samba canção de Cartola também foi gravado por Ney Matogrosso, Beth Carvalho, além de Cazuza e do próprio Cartola.
A
LETRA
“O
mundo é um moinho” - Cartola
Ainda é
cedo, amor
Mal começaste a conhecer
a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção,
querida
Embora eu saiba que
estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem,
amor
Preste atenção, o mundo
é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho
Vai reduzir as ilusões a pó
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção,
querida
De cada amor tu herdarás
só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés
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"Quem não pode atacar o argumento, ataca o argumentador." Paul Valéry