Chico Buarque e Nara Leão interpretando "A Banda" ao final do II Festival da Música Popular Brasileira, no Teatro Record, em São Paulo, em 1966
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"A Banda"
"A Banda" é uma canção composta e interpretada por Chico Buarque e que foi lançada no primeiro disco do cantor, o LP Chico Buarque de Hollanda, gravado em 1966 pela RGE. O disco ainda revela outros sucessos de Chico, entre eles "A Rita", "Tem mais Samba", "Pedro pedreiro", "Olê, Olá" e "Meu refrão".
O primeiro disco de Chico Buarque, lançado em 1966 pela RGE, que incluia "A Banda"
A canção "A Banda" ganhou o II Festival de Música Popular Brasileira no mesmo ano de seu lançamento, que aconteceu nos meses de setembro e outubro no Teatro Record em São Paulo. "A Banda" foi interpretada no festival por Chico Buarque e Nara Leão, dividindo o troféu Viola de Ouro de 1º lugar com a canção "Disparada", composição de Geraldo Vandré e Théo de Barros, e interpretrada por Jair Rodrigues, Trio Mariá e Trio Novo. O 2º lugar ficaria para a canção "De amor ou paz", composição de Luiz Carlos Paraná e Adauto Santos, e interpretação de Elza Soares.
Jair Rodrigues, Nara Leão e Chico Buarque, dividindo o troféu Viola de Ouro em 1966
Este empate não ficou bem esclarecido à época, causando protesto entre a platéia do festival que torcia por "Disparada", e além do trófeu, ambas dividiram um prêmio em dinheiro de mais de 12 mil dólares.
"A Banda" narra um episódio de uma banda musical que desperta a alegria da "gente sofrida" de uma cidade de interior descrita por Chico ao longo da canção. Logo após a sua vitória no festival, a música atingiu grande sucesso, vendendo 55 mil cópias em apenas quatro dias. Nara Leão também gravou "A Banda" em seu disco Nara, em 1967 pela gravadora Philips.
O LP de Nara Leão, de 1967, com a canção "A Banda"
A letra
"A Banda" - Chico Buarque de Hollanda
Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem
A moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela
A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor
Mas para meu desencanto
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a banda passou
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a banda passou
E cada qual no seu canto
Em cada canto uma dor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor...
Em cada canto uma dor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor...
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